domingo, 3 de outubro de 2010

A RELIGIOSIDADE INDÍGENA

Para os povos inígenas a noção de sagrado percorre cada palavrta ou gesto, cada detalhe e manifestação da vida natural, humana e social.
A religiosidade indígena está intimamente ligada à própria cultura e, como tal, cada povo indígena tem sua forma particular de reverenciar o transcendente.
Dentro da imensa variedade de crenças, mitos e ritos, ñós temos um elemento em comum: a crença num Deus Supremo, absoluto, mesma que, entre os povos indígenas, este Deus tenha diversas concepções e denominações. É importante também salientar logo que a nossa divindade não se identifica e nem lhe atribuímos os mesmos pdoeres e qualidade do Deus da concepção judaico-cristã do Ocidente.
Nós também temos uma verdadeira teologia indígena que, naturalmente, não está sistematizada, mas que está presente na vida e no cotidiano de nossas comunidades indígenas. Essa teologia não está escrita. Nós não temos um livro sagrado. Não temos uma "revelação", um"iluminado", um "profeta". O nosso templo é o mundo em que vivemos. A nossa cultura e a nossa religiosidade são transmitidas de geração em geração pelos mais velhos, pelos quais temos um  grande respeito e admiração.
Faz parte da tradição indígena o ensino, que traz uma rica bagagem religiosa. É difícil separar o que ´´e cultura e o que é religião indígena.
QUEM É DEUS PARA O INDÍGENA?
Para a comunidade indígena, Deus é um grande mistério. Deus é o grande desconhecido. Por exemplo: o povo Terrena chama-o de "ITUKOÓVITI", que significa: "quem criou todas as coisas". "o grande criador".
Na crença indígena, Deus está em tudo: na árvore, na pedra, no raio, no trovão. Nós acreditamos que toda a natureza e seus fenômenos estão povoados por espíritos.
As pessoas sempre nos perguntam se é verdade que adoramos a Lua, o Sol, ou os animais. Daí formou-se e difundiu-se a idéia de que o índio adora o Sol porque não conhece Deus. Isto não está certo, pois, para nós, Deus está além do sol, no entanto, a grande manifestação dele dá-se no Sol. Se adoramos o Sol, é no sentido de que Deus é tão grande que o sol pode ser um reflexo dele.
A VIDA DO INDÍGENA ESTÁ IMPREGNADA DE RELIGIOSIDADE
Nós temos também um calendário próp´rio em que comemoramos, por exemplo, a festa do milho e os rituais de iniciação das diversas fases que passamos - da infância para a adolescência, desta para a fase adulta e depois da adulta À fase da ancianidade.
O milho é sagrado para alguns povos. Povos como o GUARANI, em suas cerimônias religiosas, utilizam o milho chamado "Avaty". Nele inspira-se o calendário religioso, sendo que são feitas diversas cerimônias na época de plantar e de colher  o milho.
A Terra, para os índios, é espaço de vida, lugar para viver e viver bem. Os índios não vêem a terra como algo a ser explorado e possuído, mas sim como um espaço a ser respeitado para viver. Por isso costumamos chamá-la de "Mãe Terra".
NOSSA "MÃE TERRA"
A nossa relação com a terra passa pela questão religiosa. Não é possível, para nós Índios,  pensar na terra apenas como um lugar para se viver, se não tivermos com ela uma ligação profunda. Isso vem a atender aos nossos anseios religiosos. Os sábios e pajés, orientando os seus povos, têm uma grande preocupação em trabalhar essa dimensão religiosa.
Quando o índio sai para caçar, o Pajé diz que ele irá encontrar muitos animais pelo caminho, mas que não é necessário matá-los todos. Mata-se somente a quantidade de que necessitaremos para nos alimentarmos, pois, amanhã, ao voltarmos para a mata, encontraremos ainda muitos outros animais. Se matarmos todos os animais, não sobrará mais nenhum para nos alimentar. O mesmo acontece com a pesca.
Entendemos que essa é uma ordem estritamente religiosa. É Deus quem nos ensina: se matarem todos os peixes do rio não os tereis mais depois. Dessa forma, nós mantemos o equilibrio da natureza e, assim , conseguimos sempre ter muitos peixes e muita caça. Deus é quem ordena que tratemos bem a natureza.
O PAPEL DO PAJÉ *OU XAMÃ*
Nas comunidades indígenas, o pajé ou xamã é quem faz a ligação entre os seres sobrenaturais e as pessoas. Ele é o guia da comunidade, é responsável pelos enfermos, pela organização dos rituais e preparação para a guerra. Acidentes e doenças podem ser atribuídos à magia negativa de feiticeiros, ou ocasionados pela ação de espíritos malévolos. Neste caso, o xamã pode diagnosticar e ver o agente caisador do mal.
A VIDA E A MORTE
Para nós, indígenas, existe uma relação próxima entre a vida e a morte: viver bem ajuda a morrer bem. Para nós é de grande importância nos sentirmos livres diante de Deus, livre para ir aonde quisermos e na hora em que quisermos. Assim, sentindo nos livres, vivemos bem e morremos em paz.
Para os povos indígenas não há extremos. Não existe um "deus" pronto a castigar, nem um "diabo" pronto a pegar as pessoas. Para nós, Deus é um ser naturalmente bondoso, que cuida e gosta de todos.
Deus, como ser supremo, soberano, está sempre em paz. Assim, devemos ser. Se Deus está em paz, eu também vivo e morro em paz, em equilíbrio.
A grande maioria dos povos indígenas acredita na vida após a morte, seja pela transformação da alma em outro ser, seja pelo renascimento em outro membro da tribo. Ou ainda,  que as almas não vão para o  "céu", mas que elas ficam na terra, nos lugares onde os corpos foram enterrados.
Xamã- pessoas consagradas aos ritos de comunicação com o transcendente, nas tradições religiosas orais.
Pajé- chefe espiritual dos indígenas.                          FONTE: O TRANSCENDENTE.Maio/junho, 2007

                                                     ORAÇÃO:
                                   Ó Grande Espírito,
                        Cujo sopro infunde vida no mundo
                         E cuja voz se ouve na brisa suave:
                  Precisamos de tua beleza e de tua sabedoria.
                Leva-nos a andar nos caminhos da beleza.
                    Dá-nos olhos capazes de contemplar
                          O pôr-do-sol vermelho, púrpura.
                  Dá-nos sabedoria para que possamos entender
                                  O que tu ensinas
         Ajuda-nos para estar na tua presença com  mãos limpas
              E olhos atentos, para que, quando a vida adormecer,
    Como o poente, nosso espírito se aproxime de ti sem temos.


Refletindo:
1-Quem é Deus para o indígena?
2- Como Deus se manifesta?
3-O que é sagrado para os indígenas?
4-Que valores da religiosidade indígena você  destaca?
5-O que nos ensina a relação que o indígena estabelece com a natureza?
6-Qual o papel do Pajé ou xamã na comunidade indígena?
7-Qual a concepçao de vida após a morte para os indígenas?
8-O que há de diferente entre a cultura religiosa indígena e a cultura cristã, a qual foram inculturados?

11 comentários:

  1. Topppppppppppp
    Legal 😍😘💝😄

    ResponderExcluir
  2. eu tenho essas palavras em meu caderno que minha professora passou na sala de aula maria cristina

    ResponderExcluir
  3. ôoh quem escreveu isso ai precisa de umas aulinhas de português viu ja escreve um monte de palavras erradas daí e não da pra eu corrigir mais não fiz de caneta e não pode passar corretivo porque é trabalho, más ta bom você já fez o trabalho de passar pra gente isso aeh valeu!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ué? Trabalho não é simplesmente colar e copiar. E principalmente: não se copia algo no ato da primeira leitura, além do mais, você não pode reclamar de gramática visto que cometeu diversos erros em seu discursinho.

      Excluir
  4. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir